Anvisa suspende venda de produtos à base de cannabis e cogumelos de três empresas

Agência cita ausência de registro e autorização de funcionamento das marcas Hemp Vegan, Cannafy e De Volta às Raízes
Jéssica Gomes
RAFA NEDDERMEYER/AGÊNCIA BRASIL

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição da comercialização de produtos à base de cannabis e cogumelos de três empresas: Hemp Vegan, Cannafy e De Volta às Raízes. A decisão consta na Resolução nº 3.987/2025, publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (10).

Segundo a Anvisa, as empresas não possuem registro ou autorização para fabricar ou vender os itens listados. No caso da Hemp Vegan, a agência informou que os produtos são fabricados por empresa “desconhecida”. Foram proibidos todos os lotes de itens derivados de cannabis da marca, incluindo bálsamos tópicos, gotas e gomas com CBD, além de outros produtos com fitocanabinoides como CBG e CBDA.

Entre as empresas fiscalizadas, também está a Cannafy Serviços de Internet, que, de acordo com a Anvisa, comercializa produtos sem registro e fabricados por empresa sem autorização de funcionamento. A medida atinge todos os lotes das marcas CBDM Gummy, Canna River e Rare Cannabinoid.

Em nota publicada em seu site, a Cannafy afirmou que não fabrica nem vende produtos de cannabis no Brasil e que apenas intermedeia o contato entre pacientes e fornecedores estrangeiros. A empresa disse ainda que atua conforme a Resolução Anvisa RDC nº 660/2022, que regula as importações desses produtos mediante autorização prévia da agência.

A terceira empresa alvo da fiscalização é a De Volta às Raízes, que comercializa suplementos produzidos com cogumelos. A Anvisa proibiu todos os lotes dos produtos Tremella, Reishi, Cordyceps Militaris, Cogumelo do Sol, Juba de Leão, Chaga e Cauda de Peru. Segundo a agência, os itens não possuem registro, notificação ou cadastro, e são fabricados por empresa sem autorização para produção de medicamentos.

Em seu site, a De Volta às Raízes informa que os cogumelos são utilizados na Medicina Tradicional Chinesa e que, por não se enquadrarem como medicamentos, estariam dispensados de registro no Ministério da Saúde, conforme a Resolução nº 240/2018.

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