É por entre tecidos finos e transparentes que caem do teto e paredes repletas de fotografias que o mundo de Ney Matogrosso será mostrado ao público que visitar o Museu da Imagem e do Som (MIS), a partir desta sexta-feira (21), em São Paulo.
“Prefiro usar a expressão descobrindo Ney”, disse André Sturm, diretor do MIS e curador da nova exposição que celebra o artista Ney Matogrosso. “A escolha desses panos, desse voal, é porque o Ney, ao mesmo tempo em que é extremamente intenso no palco, é muito suave. Queria que a exposição fosse leve, mas ao mesmo tempo tivesse esse leve mistério. O Ney é esse artista que se expõe muito no palco, muitas vezes com uma tanga, mas a vida privada dele sempre foi absolutamente discreta”, afirmou o curador.
A exposição Ney Matogrosso, que entra agora em cartaz no MIS da Avenida Europa, celebra os 50 anos de carreira solo do artista, desde a edição de seu álbum solo Água do céu-pássaro, um ano após sua saída do trio Secos & Molhados, em agosto de 1974. A mostra foi dividida em seis eixos, fazendo um percurso cronológico pela obra do artista.
“Quisemos trazer para o público a emoção que é Ney Matogrosso”, descreveu Sturm. “O Ney é um artista que tem uma personalidade muito particular. Ele muda o jeito, muda o figurino, muda a luz do show. Todos os discos que gravou, ele gravou pensando no show”, ressaltou.
A exposição privilegia a carreira de Ney, mantendo a privacidade que o cantor sempre manteve sobre sua vida pessoal. “A gente focou no Ney Matogrosso que as pessoas conhecem e admiram. Claro, aqui elas vão conhecer mais disso, elas vão ver mais fotos, vão ver shows.”, falou Sturm.