03/12/2024
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A era de Rogério Ceni no Bahia: Um novo começo na busca pelo sucesso

Texto analisa a situação do Bahia após a saída de Renato Paiva e a chegada de Rogério Ceni ao comando do clube, destacando os desafios e fragilidades, tanto na formação do elenco, quanto na gestão técnica.

FOTO: Felipe Oliveira/ EC Bahia
14 de setembro de 2023 - 1 ano atrás

Com a saída do pretenso mister, coube a cúpula diretora escolher um novo comandante para tentar apaziguar o péssimo início da famigerada SAF. O escolhido para trilhar uma nova estrada foi Rogério Ceni. Treinador com pouco tempo de carreira, mas com resultados até certo ponto expressivos.

Hoje será a estreia de Rogério Ceni à frente do Esporte Clube Bahia e o que podemos esperar? Antes de tentar pitonisar, vamos trazer um breve relato do caos, por hora, instaurado no clube.

O famigerado grupo City, ao tomar as rédeas do Tricolor de Aço, chegou trazendo promessas gigantes na qual o CEO Ferran Soriano dizia em alto e bom som que o Esquadrão “seria a pedra no sapato do futebol brasileiro”.

Passada a empolgação inicial, a torcida e a crítica especializada começaram a perceber que havia fragilidades consideráveis tanto na formação do elenco (onde foi priorizado jovens promessas que não estavam no melhor momento) como no escopo direcional (também formado por debutantes). E além-mar, os resultados de campo começaram a mostrar as vísceras dessa má formação.

Com todo esse tempero amargo à disposição, juntou-se também o azedume do treinador Renato Paiva, outro inexperiente que não tinha noção do quão gigante o Esporte Clube Bahia é. Afora todas as distorções de percepção de jogo, distorções no idioma e até mesmo o embate com jornalistas (algo natural em crises desde que não se ataque a pessoa ao invés do profissional) o que não pôde salvar Paiva foram os resultados sofríveis: um Campeonato Baiano na bacia das almas, uma eliminação na primeira fase da Copa do Nordeste, e um Brasileiro abaixo da crítica.

Na segunda janela houve investimentos para qualificar o elenco, porém os resultados seguiram pífios. Pelo visto o modus operandi do Grupo City se assemelha a qualquer clube brasileiro no quesito para-brisa. Cabe apenas ao treinador ser voz ativa em momentos ruins, deixando a cargo de Cadu Santoro as benécias.

Em tempo o próprio Paiva não suportou o seu péssimo rendimento e a pressão de encarar sozinho a revoada de críticas e ataques. Sendo assim pediu o boné e abandonou o relvado Tricolor.

Sucessor de Renato Paiva, Ceni vai precisar corrigir uma série de problemas da equipe nos dois lados do campo. Na questão tática o objetivo será simplificar o máximo possível o enredo e garantir resultados para firmar o pé na série A. Rogério é uma pessoa com DNA vencedor, sua carreira mostra isso. O único alerta que fica é na gestão do grupo pois a ele é dado a pecha de intransigente nas decisões.

Pensando no futuro Rogério terá contrato até o final de 2025 e pouco a pouco poderá moldar suas ideias alinhadas ao projeto do Bahia. Enfim, foi a fome com a vontade de comer pois o Bahia estava sem bússola e Rogério aguardava um projeto com organização e com perspectiva de crescimento gigante.

O mais corneteiro torcedor só deseja sucesso ao Ceni, mas sem esquecer que o tal Bahêa sempre estará em 1º lugar tanto no amor quanto no dissabor.

Por: Victor Hugo Damasceno

14 de setembro de 2023 - 1 ano atrás