Um dos assuntos mais comentados entre as donas e donos de casa nos últimos dias, foi a alta no preço do arroz. O produto que virou meme na internet, era vendido há algumas semanas com o preço na faixa de R$ 2,75 o quilo, agora está custando em torno de R$ 5,00. Em entrevista ao Bahia Notícias, Joel Feldman – presidente da Associação Bahiana de Supermercados (ABASE) explica que o aumento nos preços tem como consequência três fatores que impactaram nas etapas de produção do arroz: a desvalorização do real frente ao dólar, a redução da área de plantio durante a pandemia e o aumento do poder de compra das famílias.
Ao que tudo indica, o arroz está longe de ser o único produto em situação preocupante. Segundo Joel, “Estamos num momento crítico do óleo de soja, tendo em vista a grande exportação deste commoditie para o mercado externo, de modo que as duas indústrias que dominam este setor no Brasil não possuem disponibilidade para atender a demanda. Este item seguramente faltará nas prateleiras nos próximos dias”, avisa.
Para Feldman, o momento pede atenção do poder público. “Esperamos que este momento seja percebido pelo poder público como um alerta e quem sabe possa motivar a redução da carga tributária dos itens da cesta básica, isto somado a isenção de impostos na importação poderá regular o mercado”, afirma
Durante entrevista, Joel afirma que não há risco de desabastecimento nos supermercados. “Em regra geral, o Brasil é uma enorme potência produtiva, de maneira que não acreditamos no desabastecimento dos itens. A economia é cíclica e, com o aumento da procura, as indústrias também aumentarão a produção, de maneira que em algumas semanas devemos ter uma regularidade”, diz.
Por: Jéssica Gomes