A Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) decidiu, em sessão extraordinária realizada na manhã desta sexta-feira (10), manter a prisão do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD). O parlamentar está preso desde a última semana, acusado de chefiar uma milícia suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro há mais de dez anos.
A decisão foi tomada após parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que levou o caso ao plenário. A votação ocorreu de forma secreta e exigia maioria absoluta — 32 votos — para a deliberação.
No total, 34 deputados votaram pela manutenção da prisão, 18 foram contrários, um se absteve e dez não compareceram à sessão.
De acordo com nota da Alba, a CCJ identificou fundamentos legais e constitucionais que poderiam justificar tanto a manutenção quanto a revogação da prisão. Diante disso, a decisão final coube ao plenário. O Legislativo ressaltou ainda que não analisou o mérito das acusações, limitando-se à avaliação da constitucionalidade da medida judicial. A Justiça notificou a Assembleia sobre a prisão na segunda-feira (6), o que permitiu o andamento do processo interno.
O deputado foi preso preventivamente na sexta-feira (3), dois dias após ser considerado foragido. Além dele, a esposa, o filho e outras sete pessoas também foram detidas.
Conforme o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Alba, se a conduta do deputado for considerada incompatível com o exercício do mandato, ele poderá ser suspenso ou até perder o cargo. A decisão levará em conta a gravidade da infração, eventuais danos à instituição e antecedentes. O parlamentar tem direito à ampla defesa, e o processo deve ser concluído em até 90 dias.
