O Brasil celebra nesta quarta-feira (8) o Dia Nacional do Nordestino, data dedicada à valorização da cultura, da história e da contribuição do povo nordestino para o país. A comemoração, ainda sem reconhecimento oficial, ocorre em homenagem ao poeta, músico e compositor Catulo da Paixão Cearense, nascido em 8 de outubro de 1863, em São Luís, no Maranhão.
Segundo o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), o dia tem importância simbólica por destacar a representatividade da região, que reúne cerca de 54,6 milhões de habitantes — aproximadamente 27% da população brasileira, de acordo com o Censo 2022. O Nordeste ocupa cerca de 18% do território nacional e abriga a maior área semiárida do país, segundo o IBGE.
No Congresso Nacional, o Projeto de Lei 2.755/2022, de autoria do senador baiano Angelo Coronel, propõe oficializar o Dia Nacional do Nordestino em 8 de outubro. A proposta já foi aprovada no Senado e aguarda análise na Câmara dos Deputados. Se receber aval dos parlamentares, seguirá para sanção presidencial e poderá se tornar feriado nacional.
Para o autor do projeto, a criação da data é um gesto de reconhecimento e valorização. “Os nordestinos, apesar das dificuldades e muitas vezes dos preconceitos, mostram resiliência e contribuem significativamente para o desenvolvimento e a diversidade do país”, afirmou o senador.
Antes da proposta em nível federal, a cidade de São Paulo já havia instituído o Dia do Nordestino por meio da lei municipal 14.952/2009, inicialmente comemorado em 8 de outubro. Em 2019, a data foi alterada para 2 de agosto, em homenagem ao cantor e compositor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, um dos maiores símbolos da cultura nordestina.
