O Vitória entra na reta final para definir seu comando no triênio 2026–2028 com dois nomes conhecidos pelo torcedor: o atual presidente Fábio Mota, que busca a reeleição pela chapa Leão Colossal, e o ex-jogador e deputado estadual Marcone Amaral, candidato da chapa Aliança Vitória SAF, formada por grupos de oposição. As propostas de ambos miram o futuro financeiro e esportivo do Rubro-Negro, mas adotam caminhos distintos para reestruturar o clube.
Fábio Mota: continuidade e modelo gradual para SAF
Aos 54 anos, Fábio Mota tenta dar sequência ao ciclo iniciado em 2021, quando assumiu a presidência de forma interina e, posteriormente, foi eleito com 66,4% dos votos. Advogado, historiador e ex-secretário municipal em Salvador, Mota aposta na manutenção do projeto que conduziu o clube nos últimos anos.
Entre as principais diretrizes, a chapa Leão Colossal propõe o desenvolvimento da Arena Barradão como novo eixo de receitas e a busca por uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) de maneira gradual, debatida e submetida à aprovação interna. A plataforma também reforça a responsabilidade fiscal e o fortalecimento das categorias de base como pilares para o futuro.
A chapa inclui nomes que já ocupam cargos no clube, como Nilton Almeida e Nilton Sampaio Filho no Conselho Deliberativo, e Raimundo Viana e Bruno Torres no Conselho Fiscal, reforçando o caráter de continuidade.
Marcone Amaral: renovação, SAF imediata e foco no futebol
Candidato da oposição, Marcone Amaral, de 47 anos, representa uma guinada mais profunda na estrutura do Vitória. Ex-zagueiro revelado pelo clube, multicampeão pelos anos 1990 e com carreira internacional no Catar, Amaral se apresenta como alternativa com experiência no esporte e na gestão pública.
Deputado estadual, ex-prefeito de Itajuípe e o primeiro ex-jogador do Vitória a concorrer à presidência, Marcone defende a entrada imediata de um investidor para concretização da SAF. A proposta inclui a reformulação total do Departamento de Futebol, com contratação de um diretor renomado, além da reestruturação da base com captação ampliada no interior da Bahia.
A chapa Aliança Vitória SAF reúne quatro grupos oposicionistas — Vitória de Verdade, Frente Vitória Popular, Novo Vitória e Movimento Vitória SAF — e tem Kito Magalhães como candidato a vice-presidente.
Modelos distintos para o futuro Rubro-Negro
As eleições colocam frente a frente dois projetos diferentes de gestão para o Vitória.
Fábio Mota aposta na continuidade administrativa, com foco em estabilidade financeira, fortalecimento da base e construção da Arena Barradão. Sua proposta para a SAF é cautelosa e envolve estudo prolongado e consulta democrática.
Já Marcone Amaral propõe mudanças mais rápidas e estruturais. Seu plano inclui a busca imediata por investidor, reformulação do futebol profissional e ampliação das políticas de revelação, além da defesa do voto online e programas sociais para sócios.
Enquanto Mota tenta consolidar o trabalho iniciado nos últimos anos, Amaral se apresenta como alternativa para acelerar transformações internas. A decisão do torcedor Rubro-Negro no pleito definirá qual desses caminhos o clube seguirá a partir de 2026.



