O vereador Marcelo Maia (PMN), considerou como absurda a possibilidade de privatização da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás). Em suas redes sociais, o edil fez duras críticas ao governo do estado e sugeriu que as coisas estão sendo conduzidas “por debaixo do pano” pelo chefe do executivo baiano, Jerônimo Rodrigues (PT).
“Olha, sinceramente as vezes eu acho que o governador está ficando louco, principalmente quando se trata de um assunto como a privatização de uma empresa como a Bahia Gás, responsável pela distribuição de gás natural em todo o estado e por manter centenas de empregos para os baianos, além de ser a terceira maior concessionária de gás encanado do Brasil. Ele deveria pensar no fortalecimento e expansão do setor isso sim. Sou totalmente contra e volto a dizer, é loucura”, pontua o vereador
A Bahia é uma grande produtora de gás natural, fator que fortalece o mercado local. Com reservas da ordem de 24 bilhões de m³ de gás, localizadas próximas dos centros de abastecimento. Com o gás proveniente do já citado Campo de Manati, a produção de gás natural na Bahia mais que duplicou, dando confiabilidade ao sistema de abastecimento.
Marcelo coloca ainda que existem outros assuntos e questões sociais que carecem da atenção do governo. ”Jerônimo deveria tomar conta da segurança pública, se preocupar com as pessoas que estão morrendo cruelmente vítimas da violência, se preocupar com a saúde da população e as pessoas que também perdem a vida na fila da regulação. Ele deveria tomar uma atitude e solucionar a questão do Solar Boa Vista, um patrimônio histórico que se encontra em ruínas, mas parece que ele fecha os olhos para essas coisas, se faz de doido. Um gestor que não sabe gerir, lamentável”, finalizou.
De acordo com o Jornal Correio, em matéria publicada no início de agosto, um processo corre silenciosamente e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) tem acelerado os planos para privatizar a Bahiagás, segunda maior distribuidora de gás natural do país. A intenção de vender a parte que o estado tem na companhia ficou clara a partir dos contratos firmados em 15 e 17 de maio com a Ernst & Young e o Consórcio Genial, respectivamente, responsáveis por avaliar os ativos da Bahiagás e estruturar as etapas necessárias à privatização, incluindo a possibilidade de negociar apenas as ações antes pertencentes à Gaspetro, antiga subsidiária da Petrobras, adquiridas pela Commit Gás e depois compradas pelo governo em 25 de julho por R$ 540 milhões.
Os sinais de que o governo pretendia se desfazer da Bahiagás se tornaram evidentes em 14 de setembro do ano passado, quando a Secretaria Estadual de Infraestrutura lançou edital de licitação para contratar serviços destinados a concretizar, de acordo com o resumo publicado no Diário Oficial, o “projeto de desestatização” da companhia. Diante dos possíveis desgastes durante a campanha eleitoral de 2022, o edital foi retificado e relançado em novembro, dias após o fim do segundo turno, sem mencionar o termo “desestatização”, mas com escopo igual ao anterior.
Por: Redação