O ex-presidente Lula, em visita à Salvador, participou na manhã desta quinta-feira (26) de uma entrevista à Rádio Metropole. Na ocasião, Lula rebateu as críticas que o PT recebe sobre os escândalos do mensalão e do petrolão e afirmou que “não tem um candidato que tenha autoridade moral para falar de corrupção no PT”.
Segundo Lula, seu governo adotou ações para garantir a transparência nos gastos públicos. “Tudo o que foi feito pelo PT para apurar corrupção foi o que dá a esse país o direito de ter instituições que não se permite ficar com medo do presidente. No meu tempo, qualquer denúncia era investigada. Não tinha denúncia escondida. Criamos o Portal da Transparência para você, de sua casa, do computador, acompanhar cada centavo gasto pelo governo”, afirmou.
Após falar das ações adotadas pelo Partido dos Trabalhadores, Lula criticou o presidente Jair Bolsonaro por tentar blindar Fabrício de Queiroz e tentar barrar a investigação no esquema de rachadinhas, que envolve sua família.
“Quando você fala em um presidente combater a corrupção e não investiga o Queiroz, não investiga a rachadinha que envolveu os seus filhos, não investiga o seu próprio patrimônio, eu estou muito à vontade por esse debate. Quero fazê-lo na televisão”, disse.
Ainda durante entrevista, o petista comentou sobre a sua condenação na Lava Jato, determinada pelo Juiz Sérgio Moro. “Eu disse para o Moro: ‘Você está condenado a me condenar’. Aí ele me condena. Qual o crime que eu cometi? Não tem crime, é um fato indeterminado. Se ele colocou que é um fato indeterminado, é porque ele não sabia o que eu fiz. Ele não tinha noção do que eu fiz”.
Por: Jéssica Gomes