O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), participou na manhã desta terça-feira (20) do Jornal da Bahia no Ar, da Rádio Metrópole. Em entrevista a Mário Kertész, ACM declarou que pretende disputar o governo da Bahia no próximo ano. “Só enxergo uma opção pra mim. Claro que, acima da nossa vontade, tem que ter a vontade de Deus e as condições pra isso. Mas existindo essas duas coisas, a minha opção é disputar o governo da Bahia ano que vem”, falou.
Durante a entrevista, Neto citou sobre a possível disputa direta com a indicação petista, que gera em torno do senador Jaques Wagner, governador do estado por dois mandatos (2006 a 2014). “Vai ser um confronto de duas ideias. Uma perspectiva do passado e outra do futuro. Eu quero conversar com o futuro da Bahia. É isso que eu pretendo”, ressaltou Neto.
ACM Neto falou sobre a possível candidatura de Lula à presidência e o peso disso na disputa do governo da Bahia. “Considero a candidatura de Lula algo irreversível. Dificilmente vai acontecer algo novo na justiça para tirar a elegibilidade de Lula. Não tô querendo escolher o candidato do PT. Pelo amor de Deus! Lula é uma liderança política no Brasil importantíssima, sem dúvida. Nós temos obrigação de reconhecer isso. Mas isso não quer dizer que vai decidir a eleição para governador da Bahia. Em 2012, quando me elegi pela primeira vez prefeito de Salvador, enfrentei Wagner que era governador, Dilma, que era presidente, e Lula com a imagem forte. Ainda não tinha Lava Jato, nem nada. E venci todos eles”, diz.
O presidente nacional do Democratas foi prefeito de Salvador em 2012, conseguindo a reeleição em 2016. Com grande aprovação de seu mandato, em 2020 conseguiu fazer do seu sucessor Bruno Reis, o atual prefeito da cidade. Questionado por Mário Kertész como classifica o início do mandato do seu aliado, Neto elogiou. “Estou extremamente seguro em relação a opção que fiz ano passado. Bruno assumiu num momento muito difícil. Esse momento da pandemia foi o mais crítico desde março de 2020, quando ela começou. A pessoa acabou de sentar na cadeira, cheia de planos, mas tem que ter o foco, que é a pandemia. E ele tem esse foco”, afirma.
Neto também respondeu sobre sua ligação com o presidente Bolsonaro e os ministérios do governo. “Eu tenho tido opções bem críticas em relação ao governo federal, na condução da pandemia. Sou o primeiro a levantar a voz e dizer que não aceito isso. Não tenho tido com o governo federal, nem com seus ministros. Tem gente que vai ficar falando coisa, inventando coisa, de fofoquinha aqui… Mas quem me conhece, sabe… Tem gente que me chama de comunista e esquerdista. Outros me chamam de direitista. Isso mostra que minha política é uma linha de equilíbrio”, finalizou.
Por: Jéssica Gomes