Policiais Civis da Bahia realizam uma paralisação de 24h de suas atividades nesta quinta-feira (27). A categoria cobra reajuste salarial, plano de carreira, além da obrigatoriedade do comprovante de vacinação para as pessoas que precisem utilizar o serviço nas delegacias de todo o estado.
Com a paralisação, apenas registros de flagrantes e levantamentos cadavéricos serão realizados. Operações e oitivas estão suspensas.
“Vamos fazer um lockdown semanal. Suspender operações, diligências, oitivas. Só vamos fazer flagrantes e levantamento cadavérico. No próximo dia 10 [de fevereiro] teremos uma assembleia no Campo Grande com toda a categoria para poder deflagrar uma greve, por falta de diálogo e insensibilidade do governo do estado“, disse Eustácio Lopes, presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc).
De acordo com o sindicato, em 2009, uma Lei foi aprovada para equiparar os vencimentos de investigadores, escrivãs e peritos técnicos de nível médio para superior. Porém, a entidade afirma que o governo estadual não encaminhou o projeto à Assembleia Legislativa da Bahia e os servidores continuam a receber o valor abaixo do que seria obrigatório por Lei.
“Estamos pedindo que o estado mude o padrão remuneratório de nível médio para nível superior. Hoje, o policial ingressa com R$ 3.900. Muito pouco para o risco de vida que corre. Ser policial na Bahia é um ônus. Vivemos um estado de insegurança e violência e os baixos salários não são atrativos na carreira“, afirmou Eustácio.
Ainda de acordo com o presidente da Sindpoc, a Bahia tem somente 5.500 policiais civis nos seus quadros, para atender os 417 municípios baianos. A recomendação mínima seria de 11 mil agentes.
Por: Jéssica Gomes