O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avalia conceder perdão ou reduzir a pena do rapper e empresário P. Diddy, condenado por transporte de pessoas para exploração sexual. A medida, se concretizada, pode gerar nova onda de controvérsias em Washington, poucos dias após o presidente libertar o ex-deputado George Santos.
De acordo com o site TMZ, um funcionário de alto escalão da Casa Branca confirmou que Trump “ainda está indeciso” sobre o caso. Membros do governo teriam tentado dissuadi-lo da ideia, mas a fonte resumiu o impasse com uma frase que parece definir o atual clima político em Washington: “Trump faz o que quiser.”
A defesa de Combs procurou as autoridades logo após a condenação, solicitando que o presidente assinasse um perdão ou convertesse a pena em uma medida mais branda. O músico cumpre sentença de 50 meses (cerca de quatro anos) no Centro de Detenção Metropolitana do Brooklyn, dos quais já cumpriu um ano e um mês.
Um caso que abalou a indústria do entretenimento
O processo contra Sean “P. Diddy” Combs foi um dos mais marcantes da indústria musical americana nos últimos anos, expondo denúncias de abuso de poder e violência sexual. Preso em setembro de 2024, o rapper enfrentou acusações de tráfico sexual, extorsão, conspiração e transporte para prostituição.
Em maio de 2025, o julgamento ganhou destaque mundial com os depoimentos de vítimas, incluindo o da ex-namorada Cassie Ventura, que relatou agressões físicas, sexuais e psicológicas. Combs acabou condenado por duas acusações de transporte para prostituição, em violação à Lei Mann — dispositivo que proíbe o transporte interestadual de pessoas para fins de exploração sexual.
Condenado no início de outubro a quatro anos e dois meses de prisão, além de multa de US$ 500 mil, o artista tenta agora recorrer da sentença.
Perdão político ou gesto de clemência?
A possível interferência de Trump no caso reacende críticas sobre o uso político do poder de clemência presidencial. O perdão a Diddy, se concretizado, seria interpretado por parte da oposição como mais um gesto de desafio às normas institucionais — e, para seus apoiadores, uma demonstração de poder e autonomia.
Enquanto a Casa Branca tenta conter os rumores, a repercussão já ecoa nas redes sociais e no meio jurídico americano, que acompanha de perto o novo movimento do presidente.