Acometido por um incêndio em 3 de janeiro de 2013, o histórico Solar Boa Vista ainda permanece marcado pelas chamas que tomaram conta do local e pelo abandono que amedronta moradores da região. O prédio ganhou fama nacional por ter sido morada do poeta Castro Alves, mas também sediou o Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, a Prefeitura de Salvador e a Secretaria Municipal da Educação (que funcionava lá, até o ocorrido).
Após o incêndio completar 9 anos, o vereador de Salvador, Marcelo Maia (PMN), fez duras críticas ao governador do Estado, cobrando uma providência para o local.
“Estamos completando nove anos assistindo o abandono do Solar Boa Vista, local onde morou o poeta Castro Alves, um prédio histórico para a cultura da Bahia. Não tem como mensurar a importância deste equipamento público, como também, não há explicação para tanto descaso. O Governo do Estado precisa urgentemente reparar este erro, pois é um crime contra nossa cultura. O Solar está entregue aos ratos. A antiga casa de Castro Alves vem se tornando a cracolândia de Salvador, os moradores vizinhos já não aguentam mais reclamar, pedir, solicitar. Não há nada que faça o governador Rui Costa reconhecer a importância deste lugar”, disse Maia.
Nos últimos anos, o abandono do Solar Boa Vista motivou diversos protestos dos moradores e lideranças locais. As principais reclamações são sobre a infestação de pragas e roedores, acúmulo de lixos, além do constante consumo de drogas nas dependências do Solar, o que passou a gerar insegurança na população vizinha.
O prédio faz parte de uma área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que compreende todo o Parque Solar Boa Vista, de mesmo nome do casarão. Atualmente, apenas duas áreas do Parque estão sendo utilizadas pelo Estado, através da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Por: Redação