Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (26), o prefeito Bruno Reis falou sobre a intervenção do município na empresa de ônibus CSN. Segundo o prefeito, o relatório da intervenção aponta a caducidade da empresa, que não possui mais as mínimas condições de voltar a operar o sistema rodoviário da cidade.
A concessionária CSN, responsável por 700 dos 1549 ônibus da cidade serve a Estação Mussurunga e a orla de Salvador, tendo cerca de 4 mil funcionários empregados, mas desde junho de 2020, após uma intervenção, a prefeitura é quem arca com as despesas da empresa, como salários, combustível e manutenção.
Segundo Bruno Reis, não há empresa no Brasil com interesse em assumir a bacia que a CSN opera na cidade.
“Mandei email para diversas empresas do Brasil e ninguém tem interesse em operar emergencialmente a bacia da CSN por dois motivos, o primeiro motivo e principal é pelo risco da sucessão empresarial e o segundo motivo é porque o sistema de transporte de salvador é um dos mais deficitários do Brasil, se não for o mais deficitário, tendo em vista, uma série de problemas, dentre os quais, a repartição da tarifa entre metrô e ônibus, vocês sabem, o metrô fica com 61% e os ônibus com 39%”, afirmou o prefeito.
Bruno Reis também falou sobre como ficará a situação da empresa, após ninguém do setor privado demonstrar interesse em assumi-la.
“Só resta uma alternativa, a prefeitura assumir, é o meu dever como prefeito, está lá no Artigo 30, inciso 5 da constituição, compete aos municípios prestar os serviços de transporte coletivo de forma direta ou concessionada, se ninguém quer operar, eu tenho que assumir, tenho que garantir o transporte público da população”.
Sobre os funcionários da CSN, Bruno Reis disse já pediu autorização da Câmara para contratar o máximo de rodoviários da empresa.
“Efetivamente, eu pedi autorização a câmara para contratar o máximo de rodoviários possível, que estão lá trabalhando, para garantir o emprego dessas pessoas, e vou tomar as decisões em relação ao transporte público, que são decisões vitais para o funcionamento da cidade”.
Por: Pedro Pinheiro